A Universidade de Ciência e Tecnologia da China tem trabalhado em desenvolve uma madeira capaz de integração eletrônica com outros dispositivos.
A tecnologia chamada de iWood consta na modificação química da madeira para que ela consiga se transformar em um dispositivo bioeletrônico.
Isso permite que o iWood possa trabalhar tanto com correntes elétricas, quanto com correntes iônicas.
“Nós temos íons e elétrons trabalhando juntos para produzir sinais de detecção tátil. Podemos realmente obter uma interface entre um mundo artificial, como um iPhone, e o seu mundo natural. Este tipo de sensoriamento é perfeito para habilitar a tradicional madeira com novas funcionalidades”, explica o professor da Universidade de Ciência e Tecnologia da China Tingrui Pan.
Para que a madeira possa conduzir eletricidade é aplicada uma tinta metálica, que permite condução de energia na superfície do objeto, além de trançar fibras com esse material por todo a estrutura.
Já a parte iônica consiste na imobilização de líquido iônico dentro da estrutura, por meio de capilaridade e ligações química. Como são hidrofóbicos, essa substância consegue penetrar na madeira e manter a composição mesmo em cortes no objeto.
“O que fizemos foi imergir ou injetar íons móveis suficientes de forma permanente usando um líquido iônico. Então, tiramos a água da árvore e a substituímos por esse líquido iônico, com grupos funcionalizantes para poder deduzir sinais dentro do produto de madeira,” complementa Pan.
Dessa forma, o iWood pode se transformar em um sensor de pressão e temperatura. Isso permite que em um futuro o usuário possa receber informações como batimentos cardíacos, escrever textos e desenhar diretamente na superfície da madeira, bem como sincronizar o objeto com outros dispositivos.