Indústria moveleira teve desempenho recorde no início do 2º trimestre

Indústria moveleira teve desempenho recorde no início do 2º trimestre

A produção de móveis e colchões alcançou um resultado recorde para o ano em abril de 2024, quando foram fabricadas 35,9 milhões de peças.

O número representa um aumento de 8,6% em volume fabricado comparado ao mês anterior, quando a produção já havia experimentado um crescimento relevante.

Com isso, o acumulado do ano se mostra positivo, tendo alcançado um avanço de 3,2% no primeiro quadrimestre de 2024 em relação a igual período em 2023.

Esses e outros resultados fazem parte da nova edição da Conjuntura de Móveis, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo os indicadores da indústria de móveis e colchões no início do segundo trimestre de 2024 (abril e maio), incluindo produção, emprego, investimentos, varejo doméstico, importações e exportações.

“Os números expressivos de abril demonstram a vitalidade do nosso setor, que continua a se expandir apesar dos desafios macroeconômicos. Estamos confiantes que as bases lançadas nos primeiros meses de 2024 proporcionarão um segundo semestre ainda mais robusto para a indústria de móveis do Brasil”, explica o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.

Tais expectativas são calcadas na ampliação do consumo interno de móveis e colchões, que cresceu 8,1% na passagem de março para abril deste ano, chegando a 35,7 milhões de peças. O acumulado do quadrimestre mostra um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior, com a participação de importados mantendo-se em 4,2% do total consumido.

Em termos de comércio exterior, aliás, as exportações em maio apresentaram uma ascensão notável de 15,1% em relação a abril, totalizando US$ 68,4 milhões apenas no quarto mês do ano. O aumento marca a quinta alta consecutiva na atividade, sublinhando a estratégia de internacionalização das empresas brasileiras de móveis. Mais detalhes serão explorados no próximo artigo da ABIMÓVEL.

Outros indicadores, como a queda de 0,05% nos custos de produção por peça e o aumento de 0,9% no emprego em abril, reforçam o momento positivo do setor. Os investimentos em maquinário também cresceram, com um aumento de 25,8% no acumulado do ano até maio, o que evidencia uma aposta contínua na modernização e eficiência produtiva.

No varejo, as vendas de móveis e colchões também apresentaram desempenho favorável, com um aumento de 3,2% em volume de peças vendidas em abril comparado ao mês anterior. Além disso, o indicador também acumula alta de 1,9% entre janeiro e abril em relação ao mesmo período de 2023.

Em termos monetários, as vendas registraram avanço de 3,4% em abril, com o acumulado do quadrimestre mostrando um crescimento considerável de 3,5% em relação ao ano passado.

O desempenho acompanha uma trajetória de restabilização nos preços, com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) sobre mobiliário caindo 0,82% em maio e ficando +0,10% no ano, bem inferior à média geral de preços que cresceu 2,27% entre janeiro e maio deste ano.

Com os resultados positivos de abril e a consistente melhora em diversos indicadores, a expectativa é de um cenário cada vez mais promissor para a indústria de móveis no Brasil, estabelecendo-se uma base sólida para futuras expansões.

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