Análise da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) aponta que o setor moveleiro deve finalizar 2024 com um crescimento tímido, mas com boas perspectivas e novas oportunidades para o mercado.
Dentro desse cenário, a Abimóvel pontua que o setor precisa diversificar o mix de produtos e dos mercados-alvo, investindo-se em design, sustentabilidade e em brasilidade como diferenciais competitivos para responder e superar desafios como a competitividade internacional, flutuações na demanda externa e barreiras comerciais impostas por alguns países.
Dados da Abimóvel, a partir de levantamento realizado pelo IEMI com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, idealizado em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), apontam que em outubro, houve uma queda de 1,1% nas exportações brasileiras de móveis e colchões.
Os indicadores, porém, refletem uma movimentação de US$ 613,6 milhões (FOB) em vendas ao exterior nos dez primeiros meses do ano, reforçando o papel estratégico do mercado externo para o setor moveleiro nacional.
Entre os principais destinos, os Estados Unidos mantiveram-se como o maior país consumidor de mobiliário brasileiro no exterior, representando 29,3% das exportações totais do período, com um total de US$ 179,6 milhões. Tal participação, contudo, é relativamente inferior à média dos últimos anos.
Por outro lado, países como Uruguai e Chile, com participações de 10,6% e 7,3%, respectivamente, vêm despontando no ranking de destinos dos móveis e colchões brasileiros. Validando, assim, uma dinâmica consistente e estratégica para o posicionamento da indústria brasileira – que é a maior da América Latina – no abastecimento das demandas da região.
Outro mercado relevante e em foco é o continente europeu, região que oferece uma diversidade de economias e oportunidades, que podem ganhar um impulso adicional com a consolidação do Acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
A iniciativa, que teve seu texto finalmente definido e finalizado entre as partes após 25 anos de negociações, passará agora pelo processo de preparação para sua assinatura. Se concluído poderá constituir o maior acordo comercial já realizado pelo bloco sul-americano e uma das maiores áreas de livre comércio bilaterais do mundo.