O acumulado da produção nacional da indústria de móveis chegou a 9,9% de crescimento nos nove primeiros meses de 2024, segundo a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, estudo publicado pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) com levantamento do IEMI.
Na comparação entre os meses de setembro e agosto, houve queda de 2,9% no volume produzido, embora o acumulado anual siga em alta. No comparativo dos últimos 12 meses, o índice também apresenta elevação de 7,7%.
Em setembro, foram produzidas 39,9 milhões de peças, enquanto em agosto o volume foi de 41,1 milhões. Em termos de receita, a indústria gerou R$ 7,9 bilhões no nono mês do ano, uma queda de 2,5% em relação ao mês anterior.
A exemplo do volume produzido, o faturamento acumulado também é positivo: +4,8% entre janeiro e setembro de 2024 frente a igual período em 2023, com alta de 5,8% nos últimos 12 meses.
O consumo aparente de móveis e colchões — indicador que mede a demanda do mercado interno — atingiu 39,8 milhões de peças em setembro. O acumulado do ano aponta um crescimento expressivo de 11,6% em relação a 2023. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 9,9%.
A participação de produtos importados no consumo doméstico manteve-se estável ao final do terceiro trimestre de 2024, registrando 4,5%.
Nesse cenário, o número de postos de trabalho na indústria moveleira cresceu 0,5% em setembro em comparação a agosto.
No acumulado do ano, o setor registra aumento de 8,1% no volume de pessoal ocupado, com uma alta de 5,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esses dados refletem o compromisso das empresas em atender à crescente demanda, investindo em contratações, capacitação e também na modernização do parque fabril.
As importações de máquinas para a fabricação de móveis cresceram 21,7% entre janeiro e outubro de 2024, comparado ao mesmo período de 2023. Apenas em outubro, as importações somaram US$ 30,1 milhões, um aumento de 12% em relação a setembro.
Já no mercado externo, as exportações de móveis e colchões apresentaram alta de 7,9% em setembro, totalizando US$ 67,7 milhões. Em outubro, contudo, houve uma ligeira queda de 1,1%, com exportações de US$ 66,9 milhões.
Ainda assim, o acumulado do ano segue positivo (+1,4%), com superávit também na balança comercial, demonstrando a manutenção da demanda por móveis brasileiros no comércio internacional.
Quando se trata do varejo doméstico de móveis e colchões, este também viu queda em setembro: -7,9% em volume e -7,8% em receita na comparação com agosto. No entanto, no acumulado de 2024, o setor apresenta crescimento de 5,6% no montante de vendas e 6,7% em valores.
Quanto ao preço do mobiliário para o consumidor final brasileiro, este mantém-se estável: depois de leve queda em setembro (-0,03%), o preço médio de móveis e colchões subiu menos de um ponto percentual em outubro: +0,86%.