A participação brasileira no Salone del Mobile.Milano 2024 (Salão do Móvel de Milão/iSaloni), organizada por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, gerou mais de US$40 milhões em negócios fechados e prospectados para os próximos 12 meses.
Neste ano, cerca de 30 indústrias e 40 designers brasileiros participaram das ações promovidas pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) no iSaloni, que ocorreu de 16 a 21 de abril.
Mais de 370,8 mil visitantes (20,2% a mais do que no ano passado) oriundos de cerca de 200 países, que passaram todos os dias pelos estandes do Projeto Brazilian Furniture, dispostos em três diferentes pavilhões do evento.
Ao destacar a integração entre indústria e design, tecnologia e sustentabilidade, nossas empresas forneceram não apenas móveis, mas a possibilidade de levar a riqueza cultural e material brasileira para o mundo, refletindo o espírito acolhedor do país”, ressalta a diretora-executiva da Abimóvel e gerente do Projeto Brazilian Furniture, Cândida Cervieri.
Por meio de iniciativas como o Projeto Brazilian Furniture, a indústria e o design brasileiro de móveis têm de fato ampliado suas participações no mercado mundial, que vem repercutindo nas exportações nacionais no setor, que tiveram três altas consecutivas no primeiro trimestre deste ano.
“Participar do iSaloni proporciona visibilidade internacional aos nossos fabricantes e designers, permitindo que eles se destaquem em um cenário global. Isso abre portas para mercados internacionais, estabelecendo conexões comerciais valiosas e expandindo redes de distribuição. Além disso, a troca de experiências com profissionais de diversas partes do mundo é incrivelmente enriquecedora”, complementa Clarissa Franco, gestora do Projeto Brazilian Furniture na ApexBrasil.
Uma das principais tendências observadas no evento foi o uso crescente de materiais naturais, refletindo um movimento mais amplo em direção à sustentabilidade e à autenticidade nos espaços de vida, que não só respeitam o meio ambiente como também trazem a textura e a essência da natureza para dentro dos lares de forma ética e criativa.
O design curvilíneo também ressurgiu como uma forte tendência, com móveis que exibiram formas sinuosas e suaves, proporcionando tanto conforto visual quanto físico, outra tendência que conversa diretamente com o “ritmo” brasileiro e nossa forma de pensar o móvel, dando forma, volume e movimento aos espaços.
No campo dos acabamentos, muitas cores, atenção meticulosa aos detalhes e a escolha de materiais de alta qualidade foram evidentes, com coleções focando na habilidade artesanal e técnicas tradicionais mescladas com design contemporâneo, outra característica do design nacional.
“Podemos afirmar que o setor de móveis no Brasil vem não só incorporando as principais tendências globais, como também somos referências quando falamos em design criativo, humanizado, intuitivo e sustentável, respondendo com maestria às atuais demandas globais e tornando a receptividade ao móvel brasileiro no exterior cada vez mais positiva”, finaliza Cândida.