O setor de móveis e colchões registrou alta de 6,9% em volume produzido no mês de março em comparação com fevereiro de 2024, totalizando quase 33,2 milhões de unidades fabricadas no terceiro mês do ano e retornando a níveis médios de produção mensal.
A receita da indústria também subiu 7% frente ao mês anterior, chegando a R$ 6,3 bilhões no mês.
Esses e outros resultados fazem parte da nova edição da Conjuntura de Móveis, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo os indicadores da indústria de móveis e colchões no primeiro trimestre de 2024 (janeiro a março), incluindo produção, emprego, investimentos, varejo doméstico, importações e exportações.
A alta na produção acompanha o incremento no consumo interno de móveis e colchões, que também cresceu em março: +6,7% em relação a fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre, o consumo registrou um crescimento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A participação dos produtos importados no consumo aparente foi de 4,8% em março, com uma média de 5% no ano e 4,1% nos últimos 12 meses. Cenário que requer atenção e a implementação de medidas eficazes de proteção à produção nacional. Contudo, as exportações seguem em alta, com quatro avanços consecutivos no ano, equilibrando a balança comercial do setor: leia mais aqui.
Diante deste panorama, foi observado também um aumento significativo no emprego e nos investimentos no setor, especialmente na aquisição de máquinas para fabricação de móveis. O emprego na indústria moveleira registrou uma variação positiva de 1,3% na passagem de fevereiro para março. No acumulado do ano, o índice registra alta de 3,7%.
Já as importações de máquinas e equipamentos que haviam registrado avanço no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, continuaram a crescer em abril, registrando um aumento de 53% no primeiro quadrimestre.
O primeiro trimestre de 2024 mostrou, portanto, que a indústria de móveis e colchões está no caminho da recuperação. No entanto, a continuidade desse crescimento dependerá de um ambiente econômico favorável e de políticas públicas que incentivem a inovação e a competitividade do setor.