A Suzano divulgou balanço referente ao segundo trimestre de 2024 com EBITDA ajustado de R$ 6,3 bilhões.
O resultado representa um aumento de 60% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado e reflete, principalmente, a alta dos preços da celulose, o câmbio favorável às exportações, o maior volume de vendas e a redução do custo caixa de produção de celulose nessa base comparativa.
No período de abril a junho, a geração de caixa operacional totalizou R$ 4,5 bilhões, o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2023. Já a receita líquida atingiu R$ 11,5 bilhões, o melhor número trimestral desde o quarto trimestre de 2022.
As vendas de celulose totalizaram 2,5 milhões de toneladas e as vendas de papéis somaram 333 mil toneladas. O custo caixa sem paradas, por sua vez, ficou em R$ 828 por tonelada.
Na última linha do balanço, a empresa registrou resultado líquido negativo de R$ 3,8 bilhões em decorrência de impacto cambial no resultado financeiro, que não representa efeito caixa até o vencimento das operações financeiras.
Diante da alta do EBITDA, a alavancagem da Suzano em dólar (medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado) caiu de 3,5 vezes para 3,2 vezes, confirmando a expectativa da companhia de executar o maior investimento de sua história com alavancagem dentro dos limites estabelecidos em sua política financeira.
Os investimentos relacionados ao Projeto Cerrado totalizaram ao final de junho 89% do montante total, de R$ 22,2 bilhões.
“O início de produção do Projeto Cerrado representa um passo importante na história centenária da Suzano e na capacidade futura de geração de valor da empresa. A nova fábrica amplia nossa escala e competitividade no negócio de celulose, com a entrega da fábrica de menor custo estrutural dentre as unidades da Suzano. Em paralelo, seguimos com a proposta de avançar nas demais avenidas estratégicas, com a compra de fábricas da Pactiv Evergreen e de uma participação minoritária relevante na Lenzing”, afirma Beto Abreu, presidente da Suzano.
A unidade construída em Ribas do Rio Pardo (MS), cuja partida operacional ocorreu em 21 de julho, é a maior linha única de produção de celulose do mundo, com capacidade para fabricar 2,55 milhões de toneladas por ano. A plena capacidade deve ser alcançada no segundo trimestre de 2025, após a conclusão da curva de aprendizado.
A Suzano, entre os meses de junho e julho, também anunciou a aquisição de participação acionária de 15% na companhia austríaca Lenzing, especializada na produção de fibras de celulose para a indústria têxtil, e de duas fábricas da Pactiv Evergreen, nos Estados Unidos, responsáveis pela produção de papelcartão para embalagens de líquidos e copos de papel.