O levantamento “Estudo de Oportunidades para o Exportador Brasileiro de Móveis e Colchões – País-alvo: França” apresenta potenciais para o setor moveleiro nacional no mercado francês.
O estudo foi desenvolvido pelo EMI com exclusividade para os associados do Brazilian Furniture, iniciativa e patrocínio da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O cenário vem sendo amplificado pela sofisticada infraestrutura logística do país e sua posição estratégica no continente europeu, fazendo fronteira com economias chave como Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido (pelo mar).
O consumo aparente de móveis na França foi estimado em aproximadamente US$ 14,2 bilhões em 2022, marcando um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior e de 3,4% desde 2018 (ano base do estudo).
Este crescimento é sustentado, em parte, pela dependência de produtos importados, que compõem 59% do consumo aparente no país.
O Brasil tem uma história de exportações para a França, mostra sinais de recuperação e crescimento neste mercado após uma queda significativa em anos anteriores, tendo apresentado uma retomada de 41,9% em volume de móveis e colchões exportados ao país em 2022 comparado ao ano anterior, com a atividade mais do que dobrando desde 2018 (ano base do estudo).
Este aumento reflete não apenas o potencial de recuperação, mas também a capacidade do Brasil de se adaptar e atender à demanda francesa por móveis de alta qualidade, ética e ambientalmente responsáveis e com design integrado.
O recente fortalecimento das relações diplomáticas, destacado pela visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao Brasil no último mês de março de 2024, também pode ser visto como uma oportunidade adicional para consolidar e expandir o comércio bilateral, especialmente no contexto das discussões do acordo Mercosul-União Europeia.
“Com uma base sólida e um interesse mútuo em intensificar as relações comerciais, o setor de móveis brasileiro está bem posicionado para aproveitar as oportunidades de crescimento no mercado francês”, acredita o presidente da Abimóvel, Irineu Munhoz.
Diante deste panorama, a indústria brasileira de móveis e colchões tem uma janela de oportunidade para aprofundar sua penetração no mercado francês.
Isso será vital para aproveitar o potencial de crescimento projetado, que, segundo estimativas do IEMI, pode ser incrementado em +33% para um total de US$ 37,6 milhões no curto prazo. Este cenário otimista, no entanto, requer um investimento contínuo em qualidade, inovação e sustentabilidade, aspectos altamente valorizados pelos consumidores franceses.