O Inventário Florestal Nacional (IFN), de responsabilidade do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), já fez a medição de 1.000.185 árvores brasileiras.
O registro, que ultrapassa a marca de um milhão de árvores, foi feito em dezembro de 2024. O IFN reúne informações das florestas e das comunidades que vivem nelas por meio da coleta de dados, amostras e entrevistas com os moradores – para se ter ideia, foram entrevistadas 40.347 pessoas até o mês passado.
Hoje, o IFN soma um inventário de 5,13 milhões de km2 – o equivalente a 60% do território brasileiro. O levantamento já foi concluído em 21 unidades da Federação: foram coletadas 397.511 amostras botânicas, resultando na descoberta de 13 novas espécies até o momento. As equipes também coletaram e analisaram 20.696 amostras de solo. Os dados são abertos e estão disponíveis no Sistema Nacional de Informações Florestais.
“O Brasil é um país de dimensões continentais e enfrenta desafios para monitorar sua biodiversidade. A medição manual das árvores, realizada no Inventário Florestal Nacional, é essencial para definir planos de uso e conservação das florestas, além de fornecer dados importantes para a gestão e uso sustentável dos ecossistemas, como estoques de carbono e madeira”, ressalta Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro.
O levantamento, feito em campo, é minucioso e tem sido aprimorado desde 2011, quando foi iniciado no Distrito Federal. Este ano, por exemplo, o IFN passará a coletar tecido vegetal das plantas para formar uma biblioteca de DNA barcoding – um banco de dados que vai ajudar na identificação botânica de espécies, por meio de comparação do material genético. A ação, em caráter experimental, será iniciada pelo bioma Pantanal. Leia mais aqui.
O levantamento dos dados do IFN é feito de forma sistemática em unidades amostrais que são definidas geograficamente, a cada 20 km, em todo o País. Até o momento, a coleta foi feita em 12 mil unidades amostrais, representando 74% do total a ser medido no Brasil.