Projeção do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) tem demonstrado a potencialidade do cultivo do mogno africano e atraído investidores no Polo Florestal de Pompéu, em Minas Gerais.
O estudo apontou que em um plantio de 6 hectares, a venda desta matéria-prima pode render um lucro estimado em mais de R$10 milhões.
Os rendimentos começam a aparecer no oitavo ano de manejo da floresta, onde a madeira pode ser vendida jovem, ainda sem valor nobre agregado. Neste momento a receita pode chegar a R$13 mil.
Já no 13º ano, momento em que ocorre a maturidade biológica das árvores, é possível vender madeiras com alto valor comercial, gerando uma receita bruta estimada em R$1 milhão, baseado na projeção financeira do Instituto.
“Nesta projeção levamos em conta uma floresta de 6 hectares de Mogno Africano no Polo Florestal, o preço atual da madeira, as premissas de produtividade, cenário da inflação futura, a valorização do material e o investimento de aproximadamente R$729 mil que envolve a produção das mudas, plantio, acompanhamento e condução da floresta”, explica Gilberto Capeloto, gerente comercial do IBF.
O manejo também conhecido como desbaste, é uma técnica da silvicultura usada para potencializar o desenvolvimento florestal e a qualidade da madeira.
São retiradas árvores consideradas mais inferiores, com copas mais baixas, diâmetro menor ou que se encaixam nos critérios do tipo de desbaste a ser realizado. Isso diminui a competição por água, luz, nutrientes, potencializando o crescimento das árvores, a fim de promover o retorno financeiro esperado.
Especialistas do mercado consideram o investimento em Mogno Africano como de longo prazo. Muitos apostam no cultivo para obter os lucros como garantia de aposentadoria, outros investem capital para proteger o patrimônio.
O mogno pode ser usado na indústria naval, moveleira, construção civil, piso laminado e várias outras finalidades. Além disso, a plantação comercial reduz a pressão nas matas nativas.
*com informações do IBF