A expansão do setor florestal fomentada pelo Governo do Estado já colocou Mato Grosso do Sul na primeira colocação nacional no ranking de exportação de celulose, respondendo atualmente por 24% da produção brasileira dessa mercadoria.
Mas, com as perspectivas apresentadas na segunda-feira (8) ao governador Eduardo Riedel por representantes de empresas de alcance mundial e pela direção da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), associação que reúne a cadeia produtiva de árvores plantadas para fins industriais, o Estado pode se isolar ainda mais e consolidar sua referência no setor.
Dados apresentados pelo Ibá mostram que o Mato Grosso do Sul pode ser o destino de ao menos quatro novos empreendimentos do setor de celulose até o ano de 2032, expansão que demandaria a criação de quase 100 mil novos empregos no setor, sendo aproximadamente 24 mil diretos e outros 69 mil indiretos.
O volume de vagas prevista leva em consideração apenas a operação das unidades, sem levar em conta os empregos que serão gerados durante o processo de construção das fábricas. Diante dessa projeção, o setor apresentou ao Governo do Estado pedidos relacionados à qualificação de mão de obra e demandas envolvendo questões sociais, como educação, habilitação e saúde pública.
Além do governador, participaram do encontro os secretários Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia); Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica); o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Arthur Falcette; a presidente da Funtrab, Marina Dobashi, juntamente com representantes das principais empresas do setor, como Arauco, Suzano, Bracell e Eldorado.
“O Mato Grosso do Sul batalhou muito para alcançar esse patamar de competividade e esse ambiente extremamente favorável de negócios e crescimento econômico”, afirmou o governador Eduardo Riedel, destacando que graças a uma gestão fiscal austera e equilibrada, o Estado é hoje destaque nacional e está no topo do ranking de competividade, investindo mais de 18% de sua receita corrente líquida, indicador de investimento público ligado à solidez fiscal.
O presidente da Ibá, Paulo Hartung, foi quem apresentou o estudo ao governador e sua equipe, destacando a importância de estabelecer uma agenda de trabalho, haja vista os planos de expansão da celulose no Estado.
“O setor é forte no Brasil, mas olhar para a expansão do setor é olhar para o Mato Grosso do Sul. Há desafios e um dos maiores reside na necessidade de criar capacidade para dar conta da crescente demanda por mão de obra e infraestrutura social e econômica. Mas temos em mãos uma enorme oportunidade e esse polo pode virar uma referência no mundo”, frisa.
O secretário Jaime Verruck pontuou que durante o encontro o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma série de ações já implementadas, como o Voucher Transportador e a abertura de vagas de educação infantil, além de anunciar que a expansão do setor permite a geração de novas e melhores oportunidades de emprego aos sul-mato-grossenses.
“Já estamos na fase final da nova indústria da Suzano em Ribas de Rio Pardo, e a Arauco já iniciou a terraplanagem [da nova fábrica] em Inocência. Com isso, o Mato Grosso do Sul vai liderar a exportação e a produção de celulose no país. Hoje já temos 1,4 milhão de hectares plantados e devemos chegar a 2 milhões de hectares plantados com esses novos projetos, beneficiando todos os municípios da Costa Leste”, destaca o titular da Semadesc.
Pelo setor florestal, compareceram além de Paulo Hartung o embaixador José Carlos da Fonseca Jr, diretor da Ibá; Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP; Douglas Lazaretti e André Vieira, da Suzano; Germano Vieira, da Eldorado; Mauro Quirino e Manoel Browne, da Bracell; Carlos Altimiras e Theófilo Militão, da Arauco; e Júnior Ramires e Dito Mario, da Reflore.