A Embrapa Territorial participou de audiência pública do Senado Federal sobre o Código Florestal e apresentou dados e tecnologias para levar maior segurança ao setor.
Por meio do geoprocessamento desses bancos de dados, a Embrapa Territorial tem analisado, de forma quantitativa e qualitativa, a vegetação nativa brasileira localizada nas propriedades rurais.
Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, destacou sobre a necessidade de apoio aos estados para a análise dos registros no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
“Toda vez que pensarmos em um ativo ou passivo em um cadastro como esse, lembremo-nos de que 93% dos cadastros são de pequenos imóveis, menos de quatro módulos fiscais”, ressaltou Spadotti.
A Embrapa tem investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a recomposição de vegetação nativa nas propriedades, com a indicação de espécies a serem utilizadas e estratégias de plantio.
Disponibilizar ferramentas online com informações e cursos à distância são algumas das ações adotadas pela Embrapa para disseminação desse conhecimento.
O pesquisador Felipe Ribeiro, da Embrapa Cerrados, fez uma comparação: dizer a um agricultor que ele precisa restaurar uma área sem orientar como fazê-lo é o mesmo que noticiar a alguém que está doente e não indicar tratamento.
O pesquisador falou sobre a preocupação de incluir nas APPs e reservas legais espécies de valor econômico, assim como trabalhar pelo reconhecimento dos serviços ecossistêmicos prestados pelos produtores. “Como vamos valorizar esse serviço que a gente tem?”, questionou.
Como debatedores, junto com Spadotti e Ribeiro, estavam Leonardo Papp, consultor da Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), Marcelo Spinelli Elvira, secretário-executivo do Observatório do Código Florestal, Laura Barcellos Antoniazzi, membro da Coordenação da Araticum, Nélson Ananias Filho, coordenador de sustentabilidade da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Raoni Guerra Lucas Rajão, diretor do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Suely Araújo, especialista sênior em Políticas Públicas no Observatório do Clima, Mario Augusto de Campos Cardoso, gerente de Recursos Naturais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Andréa Vulcanis, secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Jarlene Gomes, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Fabíola Marono Zerbini, diretora do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Fernanda Rodrigues, coordenadora-executiva da Organização Diálogo Florestal.
*com informações da Embrapa