A Federação das Indústrias de SC (FIESC) reuniu nesta quinta-feira (3) mais de cem indústrias catarinenses dos setores de madeira, papel e celulose, produtos de madeira e móveis em reunião híbrida para debater as estratégias a serem adotadas para defender os interesses catarinenses nas relações comerciais com os Estados Unidos.
O país é um dos principais compradores de produtos de base florestal catarinense, e anunciou uma tarifa base de 10% sobre esses produtos.
“Santa Catarina tem uma cadeia florestal expressiva, que gera muitos empregos e impostos. Como os Estados Unidos são nosso grande mercado no exterior, as medidas anunciadas têm alto potencial de impacto na competitividade”, disse o 1º vice-presidente da FIESC e empresário do ramo, Gilberto Seleme.
Outra preocupação do setor é a abertura de uma investigação sobre o impacto das importações de madeira e seus derivados sobre a segurança dos EUA – um dispositivo criado para defender a segurança nacional norte-americana, a chamada seção 232.
A investigação está em andamento, tem um prazo de 270 dias a partir de 13/03 para ser concluída e permite defesa das partes interessadas nos Estados Unidos: importadores, exportadores, varejistas, produtores, conforme explica a presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante.
Na reunião conjunta das Câmaras de Comércio Exterior, de Assuntos Legislativos, da Indústria do Mobiliário e da Indústria Florestal, os empresários discutiram os mecanismos disponíveis para a negociação de tarifas e também as ferramentas a serem adotadas para a defesa no processo de investigação.