Após uma série de altas ao longo de 2024, as exportações brasileiras de móveis e colchões enfrentaram recuo de 4,4% em agosto, totalizando receita de US$ 62,7 milhões no mês.
Apesar dessa contenção dos avanços mensais, o desempenho acumulado na atividade de janeiro a agosto mantém-se alinhado ao do mesmo período no ano passado, com cerca de US$ 479 milhões em produtos exportados.
As informações são apresentadas pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) a partir de levantamento realizado pelo IEMI com exclusividade para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, idealizado em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O superávit comercial contínuo no setor de móveis e colchões espelha um trabalho efetivo no posicionamento dos produtos brasileiros no mercado global. Contudo, a crescente onda de importações, que representou 4,1% do consumo doméstico em julho — superando as médias dos últimos anos — , tem gerado preocupações no âmbito industrial.
Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel, reforça que é “preciso ficarmos atentos ao aumento dos produtos importados que estão ingressando em nosso mercado, sendo, portanto, fundamental a implementação de medidas estratégicas para conter esse influxo e proteger os fabricantes locais”.
Já no mercado internacional, destacam-se como principais destinos dos móveis e colchões brasileiros no período os Estados Unidos (30,0% do total exportado), o Uruguai (10,4%), o Chile (7,7%), o Reino Unido (6,5%) e o Peru (4,7%).